domingo, 2 de agosto de 2009

Ode à alegria

No dia em que completo 21 anos, não tenho muito o que comentar.

Mas para não passar em branco, vou postar um poema que ouvi anos atrás, no monólogo Coração Bazar, interpretado por Regina Duarte.

Para mim, um dos melhores poemas que fala sobre a
ALEGRIA

Mesmo que eu não tenha motivo aparente para me alegrar
Mesmo rastejando neste chão de equívocos
Que é a noite escura da existência,
Ah! Eu me deixaria tomar por uma alegria
Que brota do mais alto e do mais baixo e de todos os lados
Porque o centro do mundo e o próprio eixo do universo
Batem aqui, exatamente aqui onde estou
Onde SOU.

Dizem que o mundo mudou muito!...
Hoje já tem divorcio...
Dizem que o lundu virou maxixe
Que virou samba que virou... Sei lá!
Dizem que o homem já foi à lua
Mas o negro brasileiro até hoje não se libertou
Dizem que a vocação do Brasil é à deriva... Será?!
Dizem que logo- logo vão descobrir
A cura completa para a AIDS mas
O ser humano continuará incurável!
E dizem que um dia eu vou morrer do coração. Quem sabe?

O que eu sei, é que ainda que eu tenha compreendido todos os mistérios,
Se não tiver amor,
Eu não terei compreendido nada.
O que eu sei – É que ainda - que eu tenha - compreendido - todos os mistérios...
Se não tiver amor – Eu não terei compreendido nada!
O que eu sei,
É que precisamos todos beber da Alegria,
Da alegria – que é a face visível do amor!
Eu sei que o tempo todo a grande Morte nos espreita,
Sei o quanto é cruel
Estarmos assim diante das trevas
E possuídos de todas as duvidas.

Mas sei também que existe um SIM!
E repito que este SIM foi, é e será, sim, a Alegria!
A alegria – pássaro que estende suas asas sobre nós
E nós sorrimos, apesar de tudo e de tudo
E eu respondo a todos os insultos
Com uma alegria... Íssima!!!

E digo ao mundo que se um vier, eu a defenderei
E se três ou quinhentos vierem, eu a defenderei.
Eu a defenderei contra todos os horrores,
Defenderei, defenderei
E responderei a todos as infâmias com alegria
E ainda que eu morra... (ouviu, Deus?!)
Ainda que eu morra,
Como um cão bravio
Defenderei a minha capacidade (mortal!)
De viver em alegria!

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