quarta-feira, 27 de abril de 2011
Somewhere over the rainbow...
segunda-feira, 25 de abril de 2011
Meu Brasil varonil...
segunda-feira, 18 de abril de 2011
Se eu quiser falar com Deus
Tenho que ficar a sós
Tenho que apagar a luz
Tenho que calar a voz
Tenho que encontrar a paz
Tenho que folgar os nós
Dos sapatos, da gravata
Dos desejos, dos receios
Tenho que esquecer a data
Tenho que perder a conta
Tenho que ter mãos vazias
Ter a alma e o corpo nús
Se eu quiser falar com Deus
Tenho que aceitar a dor
Tenho que comer o pão
Que o diabo amassou
Tenho que virar um cão
Tenho que lamber o chão
Dos palácios, dos castelos
Suntuosos do meu sonho
Tenho que me ver tristonho
Tenho que me achar medonho
E apesar de um mal tamanho
Alegrar meu coração
Se eu quiser falar com Deus
Tenho que me aventurar
Tenho que subir aos céus
Sem cordas pra segurar
Tenho que dizer adeus
Dar as costas, caminhar
Decidido, pela estrada
Que ao findar vai dar em nada
Nada, nada, nada
Do que eu pensava encontrar
terça-feira, 5 de abril de 2011
Saramago
Ler uma obra de Saramago não é fácil!
Não é aquele livro que você pega para se distrair ou ler antes de ir dormir.
Ler Saramago exige estômago!
Estômago para mastigar cada frase, aceitar as metáforas e engolir as verdades.
"Verdades" essas que são muitas vezes impostas pela sociedade ou impostas por nós mesmo, por conveniência, por ser o caminho mais fácil, menos arriscado e doloroso.
E é por isso que Saramago nos estimula a pensar!
Pensar no EU, em nossas VONTADES, nossos DESEJOS, nossos SONHOS, em nossa LIBERDADE!
Liberdade essa que, por diversas vezes, nós fugimos e até nos esquecemos.
Seria louco se indicasse uma obra de Saramago, mas seria muito mais se não indicasse nenhuma...
“Porque, enfim, podemos fugir de tudo, não de nós próprios”. (Memorial do Convento)