terça-feira, 26 de julho de 2011

"Boa sorte a quem vai..."


Depois de muitos planos, muita coisa para colocar em ordem e muita espera, finalmente posso dizer que as coisas começam a mudar.

Já mudou bastante dos últimos 6 meses para cá, mas queria mudar mais um pouquinho... Talvez, completar o ciclo de mudanças que tanto queria para mim.

Não sei se vai dar certo ou se tudo o que planejei vai virar, mas de uma coisa estou certo: eu TENTEI e, independente do resultado, posso um dia olhar para trás e ver que tudo valeu a pena.

Vontade, coragem e preparação não são tudo... É sempre bom termos um pouco de SORTE.


Boa sorte a quem vai, boa sorte a quem fica....” – Renata do Carmo


quarta-feira, 20 de julho de 2011

A família que escolhi...





FELIZ DIA DOS AMIGOS!



"Pode ser que um dia deixemos de nos falar,
mas, enquanto houver amizade,
faremos as pazes de novo.
Pode ser que um dia o tempo passe.
Mas,se a amizade permanecer,
um do outro há de se lembrar.

Pode ser que um dia nos afastemos.
mas, se formos amigos de verdade,
a amizade nos reaproximará.

Pode ser que um dia não mais existamos.
Mas se ainda sobrar amizade,
nasceremos de novo, um para o outro.

Pode ser que um dia tudo acabe.
Mas, com a amizade
construiremos tudo novamente,
cada vez de forma diferente,
sendo único e inesquecível cada momento
que juntos viveremos e nos
lembraremos para sempre."



quinta-feira, 14 de julho de 2011

BRASIL ETERNA COLÔNIA


O Brasil foi “invadido”¹ pelos portugueses em 1500 e tornou-se “independente”² de Portugal em 1822, sendo que república foi se tornar apenas em 1889, quando pôs fim à Era de Dom Pedro II graças ao golpe militar de Marechal Deodoro da Fonseca.

De lá para cá, o Brasil se tornou o eterno país do futuro.

Hoje, faz parte do bloco dos BRICs (Brasil – Rússia – Índia – China) e tem projeção de ser uma das 5 maiores economias do mundo em 50 anos.

Mas na verdade, desde a “invasão” de Cabral, o Brasil é um país colonial.

Onde poucos comandam e muitos trabalham (para os poucos).

Onde é quase nula a chance de mudança.

Onde enriquecer por vias ilegais é muito fácil.

Onde não há escolhas.

Em todos os cenários sociais o Brasil é uma verdadeira colônia. Não mais dos portugueses, mas dos próprios brasileiros.

O Brasil é o único país que assiste, passivamente, a criação de MONOPÓLIOS e OLIGARQUIAS sem dizer uma única palavra.

É assim na área política, onde existem 3 partidos: um de esquerda que hoje é direita (PT), um de direita que hoje é esquerda (PSDB) e um outro que está sempre no poder, independente de quem esteja no comando (PMDB). Os outros são insignificantes comparados a esses.

É assim na área esportiva. A CBF (uma empresa privada) manda e desmanda no futebol. Ela faz a verdadeira zorra no esporte mais popular do país. Cria calendários malucos, faz horários irrelevantes, fatura milhões de reais e ninguém sabe de onde saiu o dinheiro. E ainda vão “organizar” a Copa no país.

É assim na área da comunicação. Uma única TV manda no país. A Rede Globo faz o que quer com o telespectador, que “engole”³, mais passivamente ainda, aquilo que a “bola platinada” envia através de satélite.
No jornal, O Estado de São Paulo, o Globo e a Folha são os únicos veículos que conseguem exclusividades (estranhas) em suas matérias, seguidos por Veja e Época nas revistas semanais.

No mundo business, o Brasil cria mega empresas que dominam o mercado e ainda dá garantias financeiras através do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento), foi assim com a aquisição da Brasil Telecom pela Oi, a fusão Pão de Açúcar e Casas Bahia (e agora Pão de Açúcar e Carrefour Brasil) e essa semana, BR Foods (aquisição da Sadia pela Perdigão).

Nem mesmo o mercado acreditava em uma fusão dessa. Tanto que ontem as ações da “nova” empresa disparam e subiram quase 10% na Bolsa de Valores.

Os mais otimistas não acreditavam que o CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) facilitaria tanto a vida da empresa, mesmo sabendo que ela terá um Market Share de 70% em produtos congelados.

A desculpa é que para enfrentar a forte concorrência externa, é necessário criar grandes conglomerados e assim brigar de igual com os chineses, coreanos e norte americanos, mas... E os consumidores? Onde está a livre concorrência e a possibilidade de escolha que o mercado deve permitir? Quem vai pagar a conta para os engravatados de plantão?

Enquanto o Brasil e os brasileiros continuarem com a mentalidade de país colônia, muita coisa não vai mudar e seremos sempre o país do futuro e nunca do AGORA.

¹ - Não considero o Brasil descoberto, mas invadido pelos portugueses/europeus.

² - O grito da independência foi 7 de setembro de 1822, mas o português Dom Pedro II ficou no poder até 1889, sendo que o país continuava pagando altas taxas de imposto para Portugal.

³- Expressão do livro “... e a televisão se fez” – Ellis Cashmore

Imagem: "Operários", Tarsila do Amaral

segunda-feira, 4 de julho de 2011

O valioso tempo dos maduros

Como no texto de Mário de Andrade, o Papa do Modernismo, diz: "para mim, basta o essencial"...

E é assim que quero ser feliz!


O valioso tempo dos maduros

Contei meus anos e descobri que terei (quase) menos tempo para viver daqui para a frente do que já vivi até agora.
Terei muito mais passado do que futuro.
Sinto-me como aquele menino que recebeu uma bacia de cerejas.
As primeiras, ele comeu displicente mas, percebendo que faltam poucas, rói o caroço.
Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.
Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflamados.
Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.
Já não tenho tempo para conversas intermináveis, para discutir assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha.
Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos.
Detesto fazer acareação de desafectos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário-geral do coral.
'As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos'.
Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa...
Sem muitas cerejas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade.
Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade.
O essencial faz a vida valer a pena.
E para mim, basta o essencial!
Mario de Andrade

Foto: Ulysses Silveira (Manaus)